Casa onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar fica em condomínio de luxo
Ex-presidente está sob monitoramento judicial em residência no Jardim Botânico, distante 10 km do Palácio do Planalto; local tem segurança reforçada e região é reduto de políticos e empresários
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com isso, ele cumprirá a medida em uma casa localizada num condomínio do Jardim Botânico, área nobre de Brasília.
A casa fica a aproximadamente dez quilômetros ou 20 minutos do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Foi neste local em que a PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira (4) e em outras ocasiões.
A residência é alugada e paga pelo PL (Partido Liberal). O aluguel de imóveis na vizinhança chega a R$ 90 mil.
O ex-presidente mora na região desde que deixou a Presidência da República. Ele vive no local com a esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), a filha do casal e uma enteada.
Bolsonaro chegou a morar em outra casa no mesmo condomínio. Em novembro de 2024, após reclamar do pouco espaço e da falta de privacidade devido à curiosidade de vizinhos, o ex-mandatário mudou para a casa atual.
Após perder as eleições presidenciais daquele ano, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, onde passou uma temporada. Após retornar ao Brasil, já no primeiro semestre de 2023, o ex-presidente se mudou para o Jardim Botânico.
Decisão
Segundo a decisão do ministro do STF, Bolsonaro deve ficar o tempo todo no seu endereço residencial. O ex-presidente está proibido de receber visitas, salvo de seus advogados regularmente constituídos e com procuração nos autos, além de outras pessoas previamente autorizadas pelo STF.
Os visitantes autorizados ficam expressamente proibidos de utilizar celulares, tirar fotos ou gravar imagens. Bolsonaro também está impedido de usar o celular, diretamente ou por intermédio de terceiros.
Se quiser cumprir a prisão domiciliar em outro endereço, Bolsonaro terá que solicitar ao ministro Alexandre de Moraes.