O Flamengo terá uma reunião importantíssima no Conselho Deliberativo. Na próxima segunda-feira (11), os conselheiros debaterão a concessão do Maracanã, dividida com o Fluminense.
O assunto em si não é o principal da reunião, mas, sim, aquilo que o presidente Luiz Eduardo Baptista trará aos rubro-negros. O mandatário deverá explicar porque o projeto do novo estádio não é viável financeiramente neste momento.
Com o terreno comprado pela última gestão, de Rodolfo Landim e companhia, a atual conjuntura do poder do Rubro-Negro esbarra em problemas burocráticos com o Gasômetro, local onde seria a construção do estádio.
"É matar o projeto (do estádio). Se não seguir adiante, prefeito não vai levar a lei para aprovação e vai ter que negociar com a Caixa para levantar o dinheiro e devolver o terreno para a Caixa. Tem um risco enorme, não é pequeno. Só não aconteceu porque o prefeito é paciente. Basta o prefeito falar cansei", disse o ex-presidente do Flamengo, à Rádio Tupi.
O custo do estádio, segundo apurou a CNN, ultrapassaria a marca de R$ 2 bilhões. Ainda que o Flamengo seja um dos clubes mais estáveis financeiramente do Brasil, tais valores prejudicariam o andamento dos cofres.
A balança, inclusive, poderia pesar contra o futebol, carro chefe do clube. Dessa forma, BAP prioriza o Maracanã, que seguirá sob a concessão da dupla Fla-Flu por quase 20 anos.
"O estádio é importante, é um sonho, mas esperamos anos pelo centro de treinamento, demoramos mais de 20 anos para fazer. Eu tenho o Maracanã por 19 anos. Então, tenho 19 anos para fazer isso. Temos que ganhar muita coisa ainda, ganhar dia sim e outro também, abastecer o nosso caixa. Quando tiver mais dinheiro em caixa e mais clareza sobre os projetos, a gente vai tomar uma decisão", explicou.
Dessa forma, caso receba o sinal verde dos conselheiros, o presidente do Flamengo pode postergar o projeto. A reunião será à noite na Gávea, sede social do clube carioca.
