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China doará 100 milhões de vacinas
Mundo
Publicado em 30/11/2021

O presidente da China, Xi Jinping, anunciou que a China doará 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos países em desenvolvimento antes do final deste ano, além das que já foram fornecidas ao mecanismo Covax para uma vacinação equitativa em todo o mundo. Xi fez o anúncio na quinta-feira durante a cúpula por videoconferência do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), informou nesta sexta a imprensa local. De acordo com dados oficiais do mês passado, a China forneceu 770 milhões de doses, a maioria por meio de exportações, para mais de 100 países no mundo, incluindo 18 países latino-americanos.

A China não especificou quantas dessas doses de vacinas correspondem a doações, embora o diretor-geral de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, Wang Xiaolong, tenha garantido que são "dezenas de milhões". Em 12 de julho, o programa Covax chegou a um acordo com as farmacêuticas chinesas Sinopharm e Sinovac para distribuir 110 milhões de doses globalmente até outubro e a possibilidade de mais 440 milhões no último trimestre de 2021 e no primeiro semestre de 2022. Além disso, a China se comprometeu a entregar US$ 100 milhões ao mecanismo Covax este ano. Durante a cúpula do Brics, que foi organizada pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, Xi defendeu o "aprofundamento da cooperação" com o resto dos membros do grupo para "enfrentar desafios comuns", entre os quais ele mencionou as mudanças climáticas, a luta global contra a pandemia da covid-19 e a proteção da ordem global com base nas leis internacionais. No campo econômico, Xi declarou que os Brics devem "promover o crescimento econômico baseado na inovação" que possa ser benéfico "para todos os países", apelando ao mesmo tempo aos outros líderes para que protejam a ordem multilateral de comércio promovida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Embora a China, Rússia e Índia tenham interesses no país da Ásia Central, Xi Jinping não mencionou o Afeganistão em seu discurso, mas pediu aos membros do grupo que coordenassem suas posições sobre questões internacionais e regionais e fortaleçam sua cooperação no campo da segurança. Narendra Modi e o presidente russo, Vladimir Putin, se referiram especificamente ao Afeganistão. De acordo com a mídia chinesa, Modi destacou que "o Afeganistão não deve se tornar uma ameaça ou fonte de narcotráfico e terrorismo para seus países vizinhos" e Putin declarou que resta saber como "a retirada das tropas americanas do Afeganistão afetará à segurança regional". Xi, que receberá a reunião do próximo ano, expressou esperança de que o Brics adote uma cooperação com foco em resultados e que o grupo "recupere vitalidade e vigor".

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