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Grêmio cai para a Série B pela terceira vez
Brasil
Publicado em 14/12/2021

Muito, mas muito maior do que foi em 1991 e em 2004.

Prejuízo de mais de R$ 100 milhões garantido.

Retorno para a Série A em 2022 dificílimo. Vasco e Cruzeiro servem como testemunhas.

A diretoria do Grêmio está apavorada como nunca com esta noite de 9 de dezembro de 2021. O clube fez campanha vergonhosa no Brasileiro. Com 11 vitórias, sete empates. E nada menos do que 19 derrotas. Foi como se tivesse perdido todos os jogos em um turno da competição.

O surreal é que o clube depende de personagens que não ficarão no Grêmio em 2022.

 

 

 

A começar pelo jogador mais técnico, talentoso. Douglas Costa. O jogador, que recebe R$ 1,5 milhão por mês, não mostrou o envolvimento com o clube que os dirigentes esperavam. O auge foi a tensa situação, com direito a discussão, entre ele e a diretoria por causa de sua festa de casamento. Mesmo com o Grêmio a um passo do abismo, ele queria comemorar na terça-feira, com uma festa impressionante no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, sua união com Nathália Felix. 

Ele sairá com o clube rebaixado ou não. Já está decidido. O Grêmio não quer manter uma folha de pagamento caríssima para o clube, de R$ 15 milhões, como mantém atualmente.

Outra figura fundamental é Vagner Mancini. O técnico será despachado assim que acabar o Brasileiro. Ele foi contratado apenas para tentar evitar o rebaixamento. A diretoria quer um treinador que confie mais em 2022. Está dividida entre Renato Gaúcho e Roger. Mancini sabe da situação.

Em 2021, o Grêmio teve como treinadores Renato Gaúcho, Tiago Nunes, Luiz Felipe Scolari e Vagner Mancini. Cada um deles com filosofia diferente.

Se o clube cair, jogadores caros como Diego Souza, Borja, Rafinha já poderão fazer as malas.

O presidente Romildo Bolzan avisou publicamente que não pagará "mala branca". Ou seja, não enviará dinheiro aos jogadores do Fortaleza e do Corinthians para vencerem Bahia e Juventude. O que, infelizmente, virou uma prática comum no futebol brasileiro.

A temeridade é que Fortaleza e Corinthians não têm nada a buscar na rodada de hoje. Ambos estão classificados para a fase de grupos da Libertadores de 2022.  Há a certeza de que a motivação de Bahia e Juventude pela vitória será muito maior.

Há ainda grande pressão das organizadas do Corinthians para que o time não vença o Juventude e colabore com o rebaixamento gremista. Só que Sylvinho escalou seus principais atletas e promete fazer tudo para vencer o jogo.

Porque, se houver o rebaixamento, a primeira consequência será o corte da verba de transmissão dos jogos. Em vez dos R$ 100 milhões que recebe na Série A, a cota passa a ser de R$ 8 milhões. Ou o dinheiro que arrecadar com o pay-per-view, fórmula que deverá ter a preferência gremista. Como foi do Vasco, Cruzeiro e Botafogo. E que, no máximo, poderá chegar a R$ 30 milhões. Ou seja, R$ 70 milhões a menos nos cofres em 2022.

Os clubes abaixo dos 11 primeiros do Brasileiro, que não são rebaixados, ganham R$ 11 milhões. Os que vão para a Segunda Divisão não ganham nada. Ou seja, já seriam R$ 81 milhões. Os outros 19 milhões a menos viriam da perda de cotas de patrocinadores com a queda.

Se a diretoria jura que não haverá "mala branca", a oferta de uma premiação especial aos seus jogadores para manter o clube na Série A já foi feita.

O que deveria ser obrigação para um clube tricampeão da Libertadores, ficar na Primeira Divisão, valerá muito dinheiro para os atletas. 

A imprensa gaúcha especula sobre a divisão de R$ 5 milhões entre os jogadores.

O presidente Romildo Bolzan chama o dinheiro a mais para fugir do rebaixamento de forma original.

"Premiação por objetivo."

Triste realidade gremista...

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