Apesar da OMS (Organização Mundial da Saúde) aprovar o uso de emergência da décima vacina contra a Covid-19, a NuvaxovidTM, os casos europeus relacionados à pandemia não param de aumentar. O Reino Unido, por exemplo, reportou 90 mil novos casos de coronavírus nesta terça-feira (21), e o total de infectados nos sete dias até 21 de dezembro foi 63% maior do que no período da semana anterior.
Ainda nesta tarde, a Itália registrou 153 mortes contra 137 na última segunda-feira (20), informou o Ministério da Saúde italiano. A contagem diária de novas infecções subiu de 15.213 para 30.798 – essa é a primeira vez que chegou acima dos 30 mil desde novembro do ano passado. O país europeu também registrou 135.931 mortes relacionadas ao coronavírus desde o surto que surgiu em fevereiro do ano passado – o segundo maior número de mortes na Europa, depois da Inglaterra, e o nono maior do mundo. A Itália notificou 5,4 milhões de casos até o momento.
Mais regiões afetadas
A Ômicron já é a variante dominante na Dinamarca, disse o Ministro da Saúde dinamarquês Magnus Heunicke nesta terça-feira, citando dados do Statens Serum Institut (SSI, na sigla em dinamarquês), parte do Ministério da Saúde da Dinamarca. “Estamos vendo uma epidemia crescente e hoje um número recorde de infecção com 13.558 casos confirmados, incluindo reinfecções”, disse Heunicke em um tweet. “A SSI estima que o omicron já é a variante dominante e continua a crescer. Cuide de você e dos outros, seja (re)vacinado!”
As projeções publicadas no início desta semana pelo Ministério da Saúde dinamarquês anteciparam entre 9 mil a 45 mil novas infecções diárias por Covid-19 até o Natal e até 250 internações hospitalares por dia devido à variante Ômicron. Novas restrições entraram em vigor no domingo na tentativa de conter o aumento das infecções. Medidas de distanciamento e restrições à vida noturna também estão de volta ao lugar, e passes são necessários em partes do sistema de transporte público. E, na capital da França, a variante do coronavírus representa um terço dos novos casos detectados e 10% de todas as infecções no país, afirmou o porta-voz do governo Gabriel Attal a jornalistas hoje.
Attal disse que o país está “entrando em uma zona de turbulência”, mas acrescentou que tem “armas para lutar”. Ele comentou ainda que o governo realizará uma reunião excepcional em 27 de dezembro para discutir seu plano de introdução de passes de vacinação. Na semana passada, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou que um projeto de lei seria submetido ao parlamento no início de janeiro para transformar o atual sistema de passe de saúde em passe de vacinação. A mudança significa que apenas pessoas vacinadas poderão ir a restaurantes e entrar em locais públicos se a política for aprovada pelo parlamento francês. A partir de agora, as pessoas vacinadas e as pessoas com um teste PCR ou teste de antígeno negativo nas últimas 24 horas podem obter um passe de saúde.