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Zelensky reitera pedido para adesão ucraniana à UE "sem demora"
Mundo
Publicado em 28/02/2022

"Estamos a dirigir-nos à UE relativamente à integração da Ucrânia sem demora através de um novo procedimento especial", disse Zelensky num discurso em vídeo, citado pela agência francesa AFP.

"Tenho a certeza de que é correto. Tenho a certeza de que é possível", disse o Presidente da Ucrânia.

Zelensky já tinha pedido à UE a integração imediata da Ucrânia no sábado.

"Está na hora de encerrar, de uma vez por todas, a longa discussão e decidir sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia", escreveu então Zelensky na rede social Twitter, depois de ter falado ao telefone com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Em declarações ao canal Euronews no domingo à noite, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a Ucrânia irá aderir à UE, mas não deu qualquer indicação se o processo será rápido, como exigiu Zelensky.

"Com o tempo, a Ucrânia deve aderir à UE, este país é um de nós, e queremos vê-lo na União Europeia", disse.

Von der Leyen acrescentou que a UE tem um processo de integração do mercado ucraniano no mercado único e uma cooperação muito estreita com a Ucrânia na área da energia.

A intenção de a Ucrânia aderir à UE esteve na origem de uma revolta que levou ao afastamento do Presidente pró-Moscovo Viktor Yanukovych, em 2014.

Em reação, a Rússia invadiu e anexou a península da Crimeia e fomentou uma guerra separatista no Donbass, leste da Ucrânia, que provocou mais de 14.000 mortos desde então.

A Rússia invadiu novamente a Ucrânia na quinta-feira passada, mas as suas tropas têm encontrado resistência da parte dos ucranianos.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e originou sanções económicas duras contra interesses russos, incluindo o Presidente Vladimir Putin e o seu chefe da diplomacia, Sergei Lavrov.

A UE e os Estados Unidos, entre outros, responderam igualmente com o envio de armas e munições para a Ucrânia.

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