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Ucrânia. PM britânico promete ao grupo de Visegrado ajuda com refugiados
Mundo
Publicado em 08/03/2022

No início de um encontro que organizou hoje em Londres, Johnson agradeceu aos homólogos polaco, Mateusz Morawiecki, húngaro, Viktor Orbán, eslovaco, Eduard Heger, e ao checo, Petr Fiala, pela "liderança" que demonstraram na abordagem da atual crise nas respetivas fronteiras. O líder britânico lembrou que os quatro países estão "na linha de frente" do conflito e enfrentam o "risco de uma enorme crise humanitária".

"O Reino Unido está pronto a ajudá-los da maneira que pudermos", afirmou Johnson.

As declarações do primeiro-ministro conservador vêm depois de o Ministério do Interior britânico ter reconhecido, na segunda-feira, que até ao momento apenas 300 vistos foram concedidos a ucranianos, no âmbito de um programa que apenas aqueles com familiares no Reino Unido podem aproveitar.

De acordo com esses mesmos números oficiais, cerca de 17.700 ucranianos iniciaram os procedimentos para solicitar um visto.

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, reconheceu hoje que o processo está a ser lento e ofereceu o apoio dos militares para acelerar os procedimentos em coordenação com o Ministério do Interior.

Mais de dois milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A grande maioria deles está na Polónia, Roménia, Hungria, Eslováquia e Moldova, enquanto cerca de 153.000 dirigiram-se para outros países da Europa, segundo as duas organizações das Nações Unidas.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com o registo, até à data, de várias centenas de vítimas civis.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

 

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