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Presidência ucraniana apela à China para que condene "barbárie russa"
Mundo
Publicado em 20/03/2022

"A China pode ser uma parte importante do sistema de segurança global se tomar a decisão certa de apoiar a aliança dos países civilizados e condenar a barbárie russa", escreveu Mykhailo Podoliak, conselheiro do presidência ucraniana e um dos participantes das negociações, numa publicação no Twitter. O conselheiro da presidência ucraniana acrescentou, na mesma publicação, que esta é uma "hipótese" de a China se "sentar à mesa como iguais".

"O Ocidente deve explicar a Pequim como 1,6 biliões de dólares [comércio entre a China e os Estados Unidos e a União Europeia] difere de 150 bilhões de dólares [comércio entre a Rússia e a China]", salientou.

Esta sexta-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, também advertiu o seu homólogo chinês, Xi Jinping, para as "implicações" e "consequências" para a China caso forneça "apoio material" à Rússia no "brutal" ataque deste país à Ucrânia, indicou a Casa Branca.

A reunião por videoconferência entre os dois líderes, a primeira que mantiveram desde novembro passado, esteve centrada na invasão russa da Ucrânia e decorreu durante duas horas, segundo a nota oficial.

Os dois dirigentes também assinalaram a sua vontade de "manter os canais de comunicação abertos".

Se por um lado Joe Biden não especificou as consequências para a China num eventual apoio à Rússia, por outro, o chefe de Estado norte-americano "detalhou" a Pequim as duras sanções económicas e financeiras já impostas pelo Ocidente ao regime de Vladimir Putin, salientou a Casa Branca.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

 

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