Offline
Draghi considera essencial que UE mantenha diálogo com a China
Mundo
Publicado em 23/03/2022

"A China desempenha um papel de grande influência na dinâmica global geopolítica e de segurança. É essencial que a União Europeia permaneça unida na manutenção de espaços abertos de diálogo com Pequim, que contribua construtivamente para o esforço de mediação internacional", disse Draghi.

"Devemos reiterar a nossa expectativa de que Pequim se abstenha de apoiar Moscovo e participe ativamente e com autoridade nos esforços pela paz", frisou.

O chefe do Governo italiano reiterou que "perante os horrores da guerra, a Itália está a trabalhar com determinação, em conjunto com toda a comunidade internacional, no sentido de cessar as hostilidades".

E lamentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, "não mostre interesse em chegar a uma trégua que permita o desenvolvimento bem-sucedido das negociações".

"Pelo contrário, o plano deles parece ser ganhar terreno do ponto de vista militar, também recorrendo a bombardeamentos maciços como o que estamos a testemunhar em Mariupol", destacou, acrescentando que o "esforço diplomático só pode ser bem-sucedido se Moscovo realmente o quiser".

O primeiro-ministro italiano pediu que se evite um "confronto entre o Ocidente e a Rússia, que poderia alimentar um choque entre civilizações".

Draghi reiterou que a Itália "está com a Ucrânia" no processo de entrada do país na União Europeia.

Dado o fluxo maciço de refugiados da Ucrânia, que atualmente ultrapassa três milhões e 850 mil pessoas, entre as quais quase 60.000 chegaram a Itália, Draghi exortou a União Europeia a "garantir a implementação oportuna nos Estados membros da proteção temporária, aprovada pela primeira vez na nossa história".

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

A ONU confirmou a morte de 953 civis até segunda-feira, incluindo 78 crianças, mas alertou que os números reais "são consideravelmente mais elevados".

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 28.º dia, também levou mais de 3,5 milhões de pessoas a fugir para os países vizinhos, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia em praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!