Benício era liderança importante na luta pelos direitos indígenas no Ceará. Ele integrava o Comitê Gestor dos Povos Indígenas do Estado, que tem cadeira no Conselho de Cultura do Estado.
A família de Benício é da Aldeia Monguba, na Terra Indígena Pitaguary, em Pacatuba. Publicação nas redes sociais do Território Pitaguary reforçou a tristeza do povo pela partida.
"Benício era daqueles insubstituíveis, sempre sorrindo, sempre levando alegria a todos onde chegava, fortaleceu a Juventude Pitaguary, fortaleceu o movimento na Aldeia, e tinha no coração a força dos encantados. Era mais que uma liderança, era um irmão para todos e todas da nossa comunidade", diz o texto.
Aos 18 anos, ele começou a participar de ações que envolviam a luta pela terra do povo Pitaguary. Entre outras atividades, o jovem atuava no Museu Indígena Pitaguary, era artista e curador indígena, trabalhava com canais no Youtube e no Instagram, e executava vários projetos de educação, arte e cultura. A especialidade artística eram os grafismos indígenas.
Benício era licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e cursava o mestrado no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema-UFC).