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Rússia fala em mais de 23 mil baixas nas forças ucranianas
Mundo
Publicado em 17/04/2022

"Até ao dia de hoje, as perdas irrecuperáveis (ucranianas) já ascendem a 23.367 pessoas", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, o general Igor Konashenkov, em declarações à imprensa. O porta-voz russo especificou que este número inclui militares do exército e da Guarda Nacional da Ucrânia, bem como mercenários estrangeiros.

Konashenkov anunciou que o Ministério da Defesa russo está a planear publicar em breve excertos de documentos do lado ucraniano sobre as respetivas baixas militares.

O porta-voz rejeitou os números avançados hoje pelo próprio Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que apontam para entre 2.500 e 3.000 soldados ucranianos mortos desde o início da guerra.

"Neste 16 de abril, apenas em Mariupol, as perdas do lado ucraniano somam mais de 4.000 militares", acrescentou Konashenkov.

O militar russo destacou também que as forças ucranianas foram expulsas de todo o território urbano de Mariupol, uma cidade portuária estratégica às margens do Mar de Azov, no sul da região de Donetsk (leste ucraniano).

"Os restos dos agrupamentos ucranianos estão completamente cercados no território da metalúrgica Azovstal. A única hipótese de salvarem as suas vidas é deporem as armas e renderem-se", sublinhou.

Além disso, o porta-voz informou que durante o dia de hoje as Forças Armadas russas atacaram 15 instalações militares ucranianas, com mísseis de alta precisão disparados de aviões.

"Como resultado dos ataques, mais de 320 militares ucranianos foram mortos e feridos, 23 carros blindados e sete carros foram destruídos", acrescentou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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