Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro reagiram ao pronunciamento de Hamilton Mourão – que criticou "lideranças que deveriam tranquilizar a nação", mas contribuíram para um clima de caos – e atacaram o ex-vice-presidente. Sem mencionar Mourão, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro classificaram o antigo aliado como um “bosta” e que “máscaras caem”.
“A cada momento crítico que exige confiança no líder que nos conduziu até este momento, mais máscaras caem”, escreveu Eduardo. Ele ainda alfinetou Mourão deixando um “conselho” para que os mais jovens não deixem que o o ego e a ambição por poder os ceguem. Junto do texto, ele postou uma imagem com um emoji de cocô.
Já Carlos foi mais direto: “Nenhuma novidade vinda desse que sempre disse que era um Bosta!”, escreveu.
Mourão também fez uma postagem em seu Twitter, dizendo que encerrava a sua missão como vice-presidente e com um vídeo com um compilado de fotos de sua atuação no cargo. "Obrigado pela confiança depositada por cada brasileiro que acreditou em nosso projeto de nação", escreveu. Ele foi criticado por apoiadores de Bolsonaro nos comentários e chamado de traidor.
No último dia de mandato, Mourão fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV com críticas a Bolsonaro e elogiando a alternância de poder. Ele estava como presidente em exercício no sábado, já que Jair Bolsonaro embarcou para Flórida, nos Estados Unidos, na última sexta-feira, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da filha do casal, Laura, de 12 anos.
— Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e desagregação social e, de forma irresponsável, deixaram com que as Forças Armadas, de todos os brasileiros, pagassem a conta, para alguns, por inação, e, para outros, por fomentar um pretenso golpe — disse.
Mourão fica como presidente até domingo, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice tomarão posse. Ele não deve comparecer à cerimônia de posse e não passará a faixa para Lula. Em 2023, ele assumirá como senador pelo Rio Grande do Sul.