De fato, superou. O Tricolor fez grande partida, a melhor na temporada ao golear o então vice-líder, por 4 a 1. O drama durou até o final, mas a derrota do Santos confirmou o que parecia pouco provável nos últimos dias: o Esquadrão disputará a Série A 2024 [assista aos melhores momentos no vídeo abaixo].

• Siga o ge Bahia nos Canais do WhatsApp

Por que o Bahia era o azarão?

1. Estava na zona de rebaixamento;
2. Vinha de derrota para o América-MG, lanterna do Brasileiro;
3. Não vencia em casa há três rodadas;
4. Dependia de tropeço de Vasco ou Santos.

Sem poder contar com o retorno de Yago Felipe, que precisou passar por cirurgia de apendicite momentos antes do jogo, Rogério Ceni escalou o Bahia com três zagueiros de origem, o volante Rezende no meio-campo e sem um centroavante de ofício.

Mas Ceni também contou com um 12º jogador. Apesar de parecer cliché, a torcida do Bahia fez a sua parte, em intensidade ainda maior que o normal, e empurrou o time para fazer uma partida cheia de acertos e com pouquíssimos erros.

+ Atuações: Thaciano, Rezende e Cauly lideram o Bahia em noite de brilho coletivo contra o Atlético-MG

O Bahia iniciou o jogo dentro do campo do Atlético, com Thaciano posicionado como centroavante e pressão alta para roubar a bola. E foi assim que saiu o gol, aos 11 minutos. Rezende subiu e ganhou a jogada, que ficou para Thaciano deixar Cauly livre para abrir o placar [assista ao lance no vídeo abaixo].

O Esquadrão teve outra chance clara, desta vez em bola parada que terminou em cabeçada de David Duarte e defesa de Everson em cima da linha. Àquela altura, o placar de 1 a 0 para o Esquadrão era magro. [assista ao lance no vídeo abaixo].

Mas a primeira preocupação veio aos 20 minutos, momento em que Acevedo deixou o campo machucado e foi substituído por Mugni. Depois disso, o jogo ficou mais equilibrado, mas o Tricolor teve bons lances em contra-ataques.

O segundo golpe foi ainda mais duro. Uma das poucas falhas de posicionamento de Luciano Juba na linha defensiva deixou Paulinho livre para empatar o jogo. Vale ressaltar que Vitor Hugo foi atraído para marcar outro jogador e deixou um vazio na defesa [assista ao lance no vídeo abaixo].

Mas a torcida não deixou o Bahia e seguiu apoiando, mesmo no momento do empate. E quando o Santos sofreu o gol no jogo contra Fortaleza, o apoio da arquibancada na Fonte Nova aumentou ainda mais.

A partir daí, Biel teve chance na marca do pênalti, mas finalizou fraco. E Juba, depois de errar uma tentativa de primeira, acertou o alvo em bela finalização após cruzamento de Thaciano, o na última tentativa do primeiro tempo [assista ao lance no vídeo abaixo]. Era um 2 a 1, mas que seguia magro para o Esquadrão diante da produção no primeiro tempo.

+ Veja mais notícias sobre o Bahia
+ Veja a tabela final do Brasileirão

No segundo tempo, o Bahia manteve o bom encaixe de marcação e a intensidade no ataque, nos momentos certos, para tentar neutralizar o Atlético e chegar ao terceiro gol. Tudo deu certo aos 21 minutos, em chute errado de Rezende, posicionado como meia, à frente da área, e complemento de Thaciano [assista ao lance no vídeo abaixo].

A primeira mudança de Ceni na segunda etapa foi a entrada de Diego Rosa no lugar de Rezende, que deixou o campo no carrinho-maca. Outro que caiu no gramado, aparentemente por desgaste físico, foi Mugni. Biel e Thaciano também não demoraram muito a ser substituídos. Todos desgastados diante da entrega ao longo da partida.

Desta maneira, Cicinho passou a atuar no meio-campo, pelo lado direito, e Ademir no ataque, pela esquerda. Cittadini também fechou a segunda linha ao lado de Diego Rosa. E se algum torcedor se preocupou com a sustentação defensivas, os reservas deram conta do recado.

O próprio Ademir foi lançado em contra-ataque e marcou o quarto, após boa jogada pela esquerda e finalização de direita [assista ao lance no vídeo abaixo]. Mas faltava a confirmação da permanência, que viria logo em seguida, com o segundo gol do Fortaleza sobre o Santos, para "explodir" a Fonte Nova.

Por que o Bahia goleou o Galo e garantiu a salvação?

• Fez um jogo impecável em determinação e técnica;
• Usou uma estratégia perfeita e quase não sofreu contra o Atlético-MG;
• Manteve o emocional equilibrado e não repetiu atuações anteriores;
• Torcida foi o 12º jogador;

Agora, não dá para esquecer que a torcida tricolor merecia coisa melhor ao longo do ano, principalmente após a confirmação da SAF com o Grupo City.

Que a campanha ruim na maioria dos jogos do campeonato, mas que contou com uma superação gigantesca em momentos cruciais, sirva de lição para os dirigentes acertarem nos próximos anos. O elenco precisará ser reforçado se o Tricolor quiser brigar por algo melhor e não sofrer na luta contra o rebaixamento novamente.