Para Gabriel Sampaio, 22 anos, que estudou com Pizane em uma escola particular em Salvador, o novo participante do BBB já mostrava o interesse pela carreira musical no ensino médio. “A gente foi descobrindo que ele também gostava muito de música. E aí ele começou com as brincadeiras lá dentro com a banda Triple Kiss. Ele fazia umas paródias, músicas relacionadas a algumas coisas que os professores estavam explicando na época, como química. Isso evoluiu mais para frente com Os Ninfetos".
“O anúncio foi um choque. A gente brincava na época que todo mundo assistia BBB na escola, que se tinha alguém que iria para o BBB um dia seria Pizane. E não atoa, realmente foi ele. Foi um choque, mas foi bem engraçado. A gente está feliz por ele", complementa Gabriel Sampaio.
Criado em 2019, Os Ninfetos foi o segundo grupo musical de Lucas Pizane. A banda baiana fez sucesso no ano de lançamento com faixas que brincavam com os professores dos integrantes. Além das paródias em sala de aula, Os Ninfetos também chegaram a lançar quatro singles entre 2020 e 2021 e o álbum “Aula Extra” em 2021.
Segundo Ruan Brito, ex-dançarino e backing vocal da banda, a criação dos Ninfetos foi bem espontânea. "A nossa intenção era, toda vez que chegava a aula de algum professor, fazer uma brincadeira, uma música pro professor, para deixar a aula mais interativa. Esses tempos de escola são sempre marcantes para a nossa memória afetiva. Então a banda deixou esse tempo de escola ainda mais especial", disse.
"Eu estou muito feliz com esse presente que está sendo Piza no programa. Ele é um cara sensacional, querido por todos e que merece muito essa oportunidade", completou.
Em entrevista à revista Fraude, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, os membros da banda de pagode falaram sobre como a viralização da banda os pegou de surpresa. “Foi despretensioso mesmo. A nossa intenção nunca foi criar uma resenha para fora da sala”, diz Ruan. “Não me sinto famosão não, mas já rolou essas situações de ‘sou conhecido’. Acho que furei barreiras além da minha bolha”, disse Pizane.
Em julho de 2022, os integrantes da banda anunciaram o fim do projeto musical por entenderem que "não havia mais identificação e, por isso, não faria sentido continuar".
Nascido numa família evangélica, ele lembra que teve uma educação mais rígida. Com o fim do casamento dos pais, ele se sentiu mais livre para trilhar seu próprio caminho, porém passou a ter muitos problemas com o pai devido às diferentes visões de mundo. Já a mãe é seu alicerce: “Ela é muito mimada por mim, parecemos mais colega de apartamento do que mãe e filho”.
“Viver da música é um sonho e quero muito realizar”, conta Lucas Pizane. “Mesmo fora do contexto da música, sempre busco isso... levar alegria para as pessoas, um sorriso, uma palavra de afeto, um gesto. Podemos fazer a diferença. Tendo a música como veículo para isso, melhor ainda”. Em busca desse sonho, Pizane segue produzindo e buscando fomentar sua carreira como artista independente. Nesse processo, começou a trabalhar com produção de eventos, uma forma de estar ainda mais perto e ir garantindo seu sustento enquanto ainda não consegue viver da música.
Mesmo deixando um relacionamento fora da casa, o baiano não descarta viver um romance na casa. “Estou comprometido, mas proibido é ainda mais gostoso”, afirma Lucas Pizane. “Querer formar casal, eu não quero. Sou muito carente, me apego demais, pode dar problema. Mas a gente nunca sabe, né, pai?”, brinca.
Pizane admite que se envolve com facilidade e ama um xaveco. “Eu sempre vou estar apaixonado. Se vier com golpinho para cima de mim, eu já quero apresentar para a minha mãe”, brinca o rapaz, que se define como um “monogâmico em série”: “Meu erro é amar demais. Sou viciado em amar, gosto de me apaixonar por pessoas. Sou um mau-caráter do bem”.
E qual o perfil de mulher o atrai? “Uma mulher decidida cria uma admiração em mim”. Expansivo, extrovertido e sem vergonha, Pizane deu o primeiro beijo aos 12 anos e agradece ao BBB pelo acontecimento. Enquanto brincava de Prova de Líder com os amigos, ele foi o vencedor: “Naquele dia, chamei uma menina e dei um selinho”.
Fofoca e competitividade
Sobre o que pode o atrapalhar no jogo, Lucas é direto: “A fofoca. Eu não me aguento. Gosto de uma fofoquinha do bem e podem me chamar de falso, causador de intriga”.
Competitivo, ele diz que não sabe lidar com a derrota e que já tem uma estratégia formada: “Vou dar a vida para ganhar. Se for para passar fome, eu passo. Se for para segurar xixi, eu seguro. Vou fazer o falso, mas dividindo isso com o público. Assim, quem está aqui fora vai me enxergar como jogador”, finaliza.