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PAIT faz palestra sobre riscos de narguilé e de cigarro eletrônico
Brasil
Publicado em 13/04/2024

Popular entre os jovens, o cigarro eletrônico – que é chamado de vape (abreviação de vaporizador) – e o narguilé, mesmo parecendo inofensivos, são prejudiciais à saúde tanto quanto o cigarro convencional. Para alertar sobre os riscos, o Programa de Assistência Intensiva ao Tabagista (PAIT), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), está desenvolvendo uma série de palestras para jovens do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).

A médica pediatra Carla Ruske, que atua no PAIT, observa que, a cada dia, cresce o uso desses dispositivos, em especial entre consumidores de perfil jovem e escolarizado.

“É fundamental chamarmos a atenção para o tema. Pesquisas apontam que 20% das pessoas entre 14 e 24 anos já experimentaram e se viciaram. O que também acende um alerta é que muitos não associam o cigarro eletrônico e o narguilé ao tabagismo. Mas a quantidade de nicotina no cigarro eletrônico pode ser de até 14 vezes maior que a do cigarro convencional sendo, portanto, muito mais viciante”, ressaltou.

Em todos os encontros, os jovens aproveitam parar tirar dúvidas

Desde o início do ano, mais de 320 jovens do CIEE participaram da iniciativa. Além de conhecerem a forma com que a nicotina entra e age no organismo, eles ficam cientes sobre os riscos à saúde, que vão desde o desenvolvimento de variados tipos de cânceres até lesões nas cordas vocais, infarto, morte súbita, hipertensão arterial, impotência sexual e, também, doenças infectocontagiosas pelo uso da piteira compartilhada.

“O PAIT atua na prevenção e no tratamento. As palestras têm sido produtivas, com os jovens atentos e tirando dúvidas. Os aromas, a aparência e o fato de ter virado moda são atrativos. Mas o uso está sendo um desastre mundial. A dependência química que os dispositivos causam, uma vez instalada, não tem cura, sendo fundamental conscientizar a população”, acrescentou Carla.

A coordenadora pedagógica do CIEE, Diane Rocha, também avalia positivamente a atividade. “O retorno tem sido bom, pelo conteúdo e pela dinâmica. O nosso papel não é apenas formar os jovens para o mercado de trabalho e, dentro dos conteúdos transversais, trabalhamos questões relacionadas à saúde mental e física. Essa conscientização é muito importante”, enfatizou.

Dra. Carla orienta e oferece ajuda a partir do PAIT

Grupos
O PAIT de Jundiaí oferta grupos permanentes no Núcleo Integrado de Saúde – NIS – (avenida Carlos Salles Block, 74 – 4º andar), às terças-feiras, às 9h30, e quartas, às 14h, e na Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot no Complexo Argos (avenida Dr. Cavalcanti, 396, Vila Argos), todas as segundas-feiras, às 18h.

Durante o ano, também são realizados encontros nas Unidades Básicas de Saúde, Novas UBSs e Clínicas da Família. Os interessados podem procurar os serviços para informar o interesse em ingressar no programa e verificar as turmas. Para participar, basta levar o cartão de cadastro da UBS e o CPF. Além do acompanhamento a partir das ações coletivas, os participantes recebem atendimento individualizado e, havendo a necessidade, é feita a dispensação de medicamentos pela equipe médica.

O programa é reconhecido no Estado como modelo de controle à doença. Em 16 anos, aproximadamente 10 mil pessoas foram auxiliadas.

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