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China considera posição de autodefesa do Irã e não condena ataque a Israel
Mundo
Publicado em 17/04/2024

A China disse ter considerado a declaração do Irã de que as ações contra Israel eram um “exercício do direito de autodefesa” durante um telefonema entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países na segunda-feira (15), e não condenou os ataques do fim de semana.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse ao seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, que a China condenou o ataque ao prédio do consulado no complexo da embaixada iraniana em Damasco, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

Equipes de emergência e segurança inspecionam o local de um ataque que atingiu um prédio anexo à embaixada iraniana na capital da Síria, Damasco, em 1º de abril / Ammar Ghali/Anadolu/Getty Images

O ministro das Relações Exteriores chinês acrescentou que o incidente “viola gravemente o direito internacional e é inaceitável”.

“A China notou a declaração do Irã de que as ações que tomou foram limitadas e que foi um exercício do direito de legítima defesa em resposta ao ataque ao edifício da embaixada”, afirmou o comunicado.

“A atual situação regional é muito sensível e o Irã está disposto a exercer contenção e não tem intenção de agravar ainda mais a situação”, acrescentou o comunicado, citando Amir-Abdollahian.

Sistema antimíssil em Israel após ataque iraniano / Amir Cohen/Reuters (14.abr.24)

Separadamente, o Enviado Especial da China para o Oriente Médio, Zhai Jun, reuniu-se com Irit Ben-Abba Vitale, Embaixadora de Israel na China, na segunda-feira, na qual esta última expressou a posição e preocupações de Israel sobre o conflito na Faixa de Gaza.

Zhai disse que a China está “profundamente preocupada com a atual escalada das tensões regionais e que os conflitos e o derramamento de sangue não servem os interesses de ninguém”.

“O que é urgente agora é alcançar um cessar-fogo imediato e a cessação das hostilidades na Faixa de Gaza, garantir a ajuda humanitária, libertar todo o pessoal detido o mais rapidamente possível e alcançar uma solução política para a questão palestina baseada na solução de dois Estados para a coexistência pacífica de Israel e Palestina”, disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

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