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Salvador tem primeira quinzena de abril mais chuvosa dos últimos 30 anos; capital baiana está com alerta de deslizamentos
Brasil
Publicado em 19/04/2024

O volume de chuvas acumulado na capital baiana na primeira quinzena de abril é o maior registrado nos últimos 30 anos, segundo informações da Defesa Civil de Salvador (Codesal). Os números superam os anos de 2010, com 356,3 mm, e 1994, com 276,7 mm, que ocupam as segunda e terceira posições na série histórica, respectivamente.

Ainda de acordo com o órgão, Salvador teve o quase o dobro de chuva previsto para o mês de abril em apenas 16 dias. A quantidade de chuva esperada para este mês era de 284,9 mm. Até terça (16), choveu 529,8 mm na capital baiana.

 

Até o momento, as cinco localidades onde mais choveu foram, nesta ordem:

 

  • Pituba-Parque da Cidade
  • Ondina
  • Liberdade-Vila Sabiá
  • Calçada
  • Campinas de Brotas

 

Na madrugada desta quarta-feira (17), por causa do temporal e ventos fortes, três árvores caíram em diferentes lugares da capital baiana. Veja abaixo os locais:

 

  • Estrada do Derba, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE);
  • Boca do Rio, na localidade do Curralinho;
  • Itaigara, na Rua Reitor Macedo Costa, após o Colégio Sartre.

 

Equipes da Secretaria de Manutenção de Salvador (Seman) foram acionadas para retirar os galhos das pistas.

Com as chuvas que atingiram a capital baiana na terça-feira (16), a Codesal voltou ao nível de alerta instalado na semana passada. Isso porque há risco de deslizamentos de terra e previsão de que os volumes pluviométricos continuem altos.

Na terça-feira, por volta das 22h, a Defesa Civil informou que as imagens de satélites registraram formação de nuvens de tempestade com trovoadas e chuvas de intensidade forte para as próximas horas.

⚽ A chuva impactou o jogo do Esporte Clube Bahia, que foi paralisado por cerca de uma hora por conta de muitas poças no gramado da Arena Fonte Nova.

️ Em 72 horas, choveu mais de 150 milímetros em todo o território soteropolitano. As sirenes do Sistema de Alerta e Alarme foram mais uma vez acionadas nas comunidades de Bosque Real, no bairro Sete de Abril, e Creche e Moscou, no bairro Castelo Branco.

 

Já na manhã desta quarta-feira, a Codesal acionou a sirene na comunidade de Olaria, em Sete de Abril, por terem sido registradas chuvas fortes acima de 150 mm em 72 horas naquela localidade.

Equipes do órgão mobilizaram os moradores a deixarem suas casas em função do risco e encaminharam eles para uma unidade de acolhimento localizada em escola do município nas proximidades, onde vão ficar abrigadas até o término do risco.

Nas últimas 12 horas, os maiores acumulados de chuva foram nos bairros:

 

  • São Tomé de Paripe (18,4mm)
  • Brotas (16,4mm)
  • Chapada do Rio Vermelho (16mm)
  • Ondina (16mm)
  • Engenho Velho de Brotas(14,8mm)

 

A Codesal informou que a atuação de um sistema de baixa pressão (cavado) associado ao avanço de uma frente fria sobre o Oceano Atlântico favorece a ocorrência de chuvas na capital baiana. A situação deve permanecer pelo menos até quinta-feira (18).

Motoristas enfrentam dificuldades para passar na Avenida Centenário — Foto: Reprodução/TV Bahia

Motoristas enfrentam dificuldades para passar na Avenida Centenário — Foto: Reprodução/TV Bahia

 

A previsão para esta quarta é de céu nublado, com chuvas fracas a moderadas a qualquer hora do dia.

 

Temporal prolongado

 

Entre os dias 7 e 8 de abril, a Defesa Civil já havia acionado 14 sirenes em áreas de risco prioritárias: Mamede, Bom Juá, Irmã Dulce, Mangabeira 1, Mangabeira 2, Calabetão, Vila Picasso, Creche, Moscou, Voluntários da Pátria, Vila Sabiá, Baixa do Cacau, Bosque Real e Olaria.

Região do Canela tem pontos de alagamentos — Foto: Reprodução/TV Bahia

Região do Canela tem pontos de alagamentos — Foto: Reprodução/TV Bahia

Na ocasião, os moradores dessas localidades foram levados para unidades de acolhimento, onde permanecem abrigados até que a situação esteja fora de risco.

 

O temporal também provocou estragos na cidade na última semana, com alagamentos em imóveis e desabamentos de estruturas.

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