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Espanha pedirá a UE que apoie ordem da CIJ para que Israel interrompa operação em Rafah
Brasil
Publicado em 29/05/2024

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, disse que pedirá aos Estados-membros da União Europeia (UE) que apoiem oficialmente a ordem do Corte Internacional de Justiça (CIJ) para que Israel interrompa a sua operação militar em Rafah.

Falando na segunda-feira (27) ao lado dos ministros dos Negócios Estrangeiros irlandês e norueguês numa conferência de imprensa em Bruxelas, Albares disse que pediria aos outros 26 membros da UE que declarassem o seu apoio à decisão do CIJ e que, se Israel se opusesse à decisão do tribunal, “tomassem as medidas certas para fazer cumprir essa decisão e apoiar um dos órgãos mais importantes da Carta da ONU”.

Na semana passada, Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que iriam reconhecer formalmente um Estado palestino.

Na sexta-feira, a CIJ ordenou a Israel que suspendesse imediatamente a sua operação militar na cidade de Rafah, no sul de Gaza, aumentando ainda mais a pressão internacional sobre Israel enquanto este trava a sua guerra contra o Hamas.

Agências humanitárias apelam ao Conselho de Segurança da ONU

Várias organizações de ajuda global escreveram uma carta conjunta na segunda-feira apelando ao Conselho de Segurança da ONU para fazer cumprir as ordens da CIJ de que Israel “pare imediatamente” a sua ofensiva militar em Rafah.

“É necessária uma ação imediata para defender o direito internacional e garantir que o governo de Israel cumpra as suas obrigações conforme determinado pela CIJ”, dizia a carta.

Apesar da ordem, “o derramamento de sangue continuou”, dizia a carta.

“Apelamos ao Conselho de Segurança da ONU para que tome medidas decisivas para garantir que as ordens da CIJ sejam implementadas, permitindo que a ajuda humanitária chegue aos necessitados e possibilitando investigações completas sobre violações do direito internacional.

“O Conselho de Segurança deve agir agora para defender a justiça, proteger os direitos humanos e manter a paz e a segurança internacionais. Se não o fizer, comprometeria ainda mais as condições para sustentar a vida humana em Gaza e minaria a confiança global na primazia do direito internacional.”

(Com informações de Duarte Mendonça, em Londres, Sarah El Sirgany e Zeena Saifi)

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