A investigação para descobrir os motivos que causaram a queda do avião da Voepass em Vinhedo, interior de São Paulo, será realizada por equipes da Polícia Civil de São Paulo, Polícia Federal e integrantes da Força Aérea Brasileira, através do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
O acidente, que causou a morte de 61 pessoas entre passageiros e tripulantes, é o maior da aviação brasileira desde 2007, quando um avião da antiga TAM (atual Latam) saiu da pista do Aeroporto de Congonhas e atingiu um edifício da própria companhia, matando mais de 150 pessoas.
“O que nós temos até o momento é que não houve, por parte da aeronave, comunicação entre os órgãos de controle de que haveria uma emergência”, afirmou Marcelo Moreno.
O Cenipa confirmou que, às 13h22 de sexta-feira, houve a perda de comunicação entre a aeronave e o controle aéreo. O representante explicou que esse registro de contato, entre o avião e a central de controle, é o que faz com que o órgão estipule o horário do acidente.
“Uma vez que a aeronave sai, ou ela pousa, ou ela perde essa informação, em acidentes aeronáuticos, nós entendemos que foi aquele momento em que a aeronave teve contato com o solo”, explicou Moreno.
Sistemas funcionando e manutenção em dia
Representantes da Voepass afirmaram, nesta sexta-feira (9), que o sistema “anti-ice”, responsável por remover o acúmulo de gelo das aeronaves, estava funcionando normalmente quando o avião que caiu em Vinhedo (SP) partiu do aeroporto de Cascavel (PR).
O avião fazia sua segunda viagem nessa sexta-feira, e estava programado para mais duas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a aeronave estava com a manutenção em dia.
Os representantes da Voepass também afirmaram que as informações sobre problemas no ar-condicionado da aeronave, no dia anterior, não era de conhecimento da empresa. Segundo eles, a companhia aguardará a conclusão das investigações pelo Cenipa. A caixa-preta de aeronave foi localizada entre os destroços.