A Justiça revogou a prisão domiciliar da influenciadora Deolane Bezerra nesta terça-feira (10) e determinou que ela fique presa na Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no Agreste de Pernambuco. A unidade prisional está superlotada, segundo o Sindicato dos Policiais Penais do Estado.
O g1 Carurau entrou em contato com a Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco, que administra o presídio, para saber o número da população carcerária, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
De acordo com o sindicato dos policiais penais, a unidade prisional tem 107 vagas, mas abriga atualmente 264 presas.
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Deolane Bezerra é presa novamente após descumprir medidas cautelares
A Colônia Penal Feminina é dividida em dois pavilhões, um destinado para 70 presas e outro para pouco mais de 30.
Localizado na divisa entre uma área de mata e outra urbana e com casas próximas, o presídio fica a cerca de 150 quilômetros de Caruaru, a maior cidade do Agreste do estado.
Durante o período mais crítico da pandemia do Coronavírus, as visitas foram suspensas na penitenciária para evitar contaminação.
À época, foi criado o projeto Cine Pipoca, uma ação organizada pelos setores Psicossocial e de Educação da unidade prisional com exibições de filmes e documentários para as detentas a cada dois turnos.
Além do projeto de exibição de filmes, também foi oferecido às detentas cursos de qualificação online em áreas como empreendedorismo, vendas, recursos humanos e inglês básico.
Justiça manda Deolane para presídio em Buíque, a mais de 276 km de distância de Recife — Foto: Arte g1
Prisão, habeas corpus e revogação da prisão domiciliar
Ao deixar a Colônia Penal Feminina do Recife, a influenciadora falou com a imprensa e com fãs que se aglomeravam no local. Em seguida, postou uma foto no Instagram em que aparece com a boca coberta por uma fita, com a inscrição de um "X" no meio.
Além da revogação do habeas corpus, Justiça determinou que Deolane ficasse presa em Buíque, distante cerca de 280 km de Recife, com o objetivo de "contribuir para a estabilidade da situação e para o bom andamento do processo, longe da influência direta e intensa de centros urbanos".
“Além disso, é fundamental considerar a importância da tranquilidade das demais presas. A presença da investigada em uma unidade prisional que possa oferecer um ambiente mais isolado e controlado é essencial para evitar perturbações e garantir a segurança e o bem-estar das outras detentas”, informou o Tribunal de Justiça de Pernambuco.