A uma semana do 2º turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo (SP), o apagão que afetou a cidade após temporal em 11 de outubro e questionamentos sobre posturas ideológicas seguem como norte dos embates diretos entre os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Na noite deste sábado (19), os candidatos participaram do debate promovido entre a “Record TV” e o jornal “O Estado de S. Paulo”.
No início do debate, Nunes perguntou a Boulos sobre segurança pública, indicando que o adversário é contrário à existência da Polícia Militar. Boulos negou, dizendo que defende um modelo de polícia semelhante à existente em países europeus: “Firme contra o crime, mas respeitosa com a população”, afirmou o candidato do PSOL.
Boulos aproveitou para questionar novamente Nunes sobre cobranças relativas à atuação da Enel, empresa privada responsável pelo fornecimento e distribuição de energia elétrica na cidade. O candidato do PSOL citou a existência de um documento ligado ao contrato com a empresa que confirmaria que a responsabilidade pela poda de árvores é da prefeitura. Nunes retrucou, dizendo que tal dever é da Enel e que à Prefeitura cabe apenas o recolhimento do material das podas.
Pensamentos ideológicos
Na sequência do debate, Nunes questionou Boulos sobre aborto, saidinha de presos, liberação de drogas e fim da Polícia Militar. Sobre a interrupção da gravidez, o candidato do PSOL defendeu a legislação atual, que possibilita aborto legal previstos na Constituição.