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Kamala diz que sentará à mesa com oponentes; Trump repete ataque a imigrantes
Mundo
Publicado em 04/11/2024

vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez um contraste neste sábado (2) sobre a visão de liderança que ela busca levar para a Casa Branca e com o que Donald Trump tem dito durante campanha, criticando as ameaças do ex-presidente contra seus rivais políticos.

“Ao contrário de Donald Trump, não acredito que as pessoas que discordam de mim sejam inimigas”, disse Kamala durante comício em Atlanta, no estado-pêndulo da Geórgia.

“Ele quer colocá-los na cadeia. Eu lhes darei um assento à mesa. É isso que os verdadeiros líderes fazem. É isso que os líderes fortes fazem”, acrescentou.

Trump tem sugerido que usaria o sistema de Justiça dos EUA para perseguir seus oponentes políticos se ele retornar à Casa Branca.

O republicano também ameaçou processar e aplicar “penas de prisão de longo prazo” para autoridades eleitorais e agentes políticos, que ele sugeriu que poderiam trapacear na eleição de 2024.

Em entrevista exclusiva à CNN antes do comício, Kamala Harris disse que sua campanha ainda está tentando alcançar “todos” no eleitorado.

Ela pontuou que pretende “ser uma presidente para todos os americanos”, o que é uma mensagem ecoada nos cartazes de campanha que sua equipe tem usado nessa reta final.

Anteriormente, Kamala afirmou que nomearia um republicano para seu gabinete.

Trump ataca imigrantes

O ex-presidente Donald Trump repetiu neste sábado a alegação infundada de que os imigrantes estão chegando ilegalmente nos Estados Unidos e tomando os empregos dos negros americanos.

“Os imigrantes que chegam ilegalmente tomaram os empregos dos afro-americanos. Pessoas que fizeram um ótimo trabalho. Eles trabalharam lá por 20, 25 anos em lugares diferentes. E, em menor grau, empregos hispânicos, mas um grande número de afro-americanos”, disse Trump em um comício em Gastonia, na Carolina do Norte.

Ele fez a mesma alegação falsa no início do dia, afirmando à Fox News: “Pessoas negras que estão trabalhando tanto, que têm empregos há 20 anos, estão sendo demitidas e substituídas”.

O republicano argumentou repetidamente que imigrantes ilegais estão tomando os empregos de negros e hispânicos americanos. No mês passado, ele falsamente alegou que “A taxa de desemprego deles [afro-americanos] está nas alturas. Espere até ouvir os números”.

A taxa de desemprego de negros ou afro-americanos caiu em setembro para 5,7%. Isso é apenas um pouco maior do que a menor taxa da Presidência de Trump, 5,3%, em dois meses de 2019.

Também é menor do que a taxa pré-pandemia de fevereiro de 2020, também sob Trump, de 6,1%.

Em outro momento, Donald Trump pontuou que “protegerá nossas mulheres”. Em um comício em Green Bay, no estado de Wisconsin, na quarta-feira (30), ele relatou conselhos de assessores que o incentivaram retirar a promessa de ser o “protetor” das mulheres, porque eles viam isso como inapropriado.

“Eu disse que protegeremos porque continuo ouvindo — acho que as mulheres me amam, eu amo, porque elas sabem, você sabe, se elas não me tiverem, elas têm milhões de pessoas passando e vindo para os subúrbios”, comentou.

“Bem, os subúrbios estão sob ataque agora. Quando você está em casa sozinho e tem esse monstro que saiu da prisão… Acho que você preferiria ter Trump”, concluiu.

CNN Brasil terá supercobertura ao vivo

CNN Brasil vai realizar uma supercobertura da disputa entre Kamala Harris e Donald Trump pela Casa Branca nas eleições americanas, que acontecem na terça-feira, dia 5 de novembro.

Em conexão direta com a matriz americana da CNN, a cobertura terá início com dois dias de antecedência, a partir do dia 3, na programação especial “América Decide”.

No dia das eleições, o assunto tomará as 24 horas do dia da CNN Brasil, por meio de uma supercobertura nos jornais diários, contando especialmente com a grandiosa estrutura da matriz e com tradução simultânea de alta agilidade.

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