O forno com airfryer é um aparelho que junta a capacidade de “fritar” com ar quente da airfryer com o formato e as funções do forno elétrico.
Desde 2023, os modelos mudaram pouco, mas houve uma ênfase maior para a versatilidade dos aparelhos. As marcas passaram a dar destaque maior para o número de utensílios e de funções.
Um exemplo são a presença de novos modos, como o “barbecue”, para churrasco, e a grande quantidade de acessórios que vêm com o produto, como bandejas, grelhas, pegadores e até tampas.
A capacidade dos fornos costuma variar entre 10 e 12 litros, mas o g1 testou também um modelo com 25 litros. Mesmo os menores já têm mais espaço interno que uma airfryer convencional, que fica na média dos 4 a 5 litros.
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O Guia de Compras testou 3 modelos dos forninhos. Foram avaliados os acessórios, a facilidade de uso, quais eram as funções pré-programadas e como foi a limpeza do equipamento. Acima de tudo, foi analisado o resultado dos alimentos preparados.
As receitas preparadas na airfryer foram três: batata rústica, frango empanado e brownie. Os produtos avaliados foram:
Tudo foi realizado seguindo o manual dos equipamentos e as receitas foram feitas de forma amadora, sem nenhuma ajuda profissional para orientar os testes. Vale ressaltar que esses equipamentos não são bivolt – bom prestar atenção na voltagem (110V ou 220V) na hora da compra.
Veja abaixo como cada um deles se saiu. No fim da reportagem, leia mais sobre como esses aparelhos funcionam.
Airfry Oven e Grill Arno UFE9
- Prós: pode fazer o maior número de preparos ao mesmo tempo e é o mais leve
- Contras: modelo com menos inovações
A Airfry Oven e Grill da Arno é a mais compacta dentre os modelos testados: ela tem 37 cm x 32,5 cm x 32,3 cm (altura x largura x profundidade), quase com o formato de um cubo. Também é a mais leve, com 7 kg contra os 11 kg da WAP Barbecue, a mais pesada.
Tem a segunda menor capacidade entre os modelos testados, com 11 litros. Só ganha da WAP, que tem 10 litros. Em novembro, custava R$ 1.000 nas lojas on-line e tinha garantia de 1 ano.
Dentro, o modelo tem: trilhos para o uso simultâneo de três acessórios; espaço para o coletor de resíduos, na parte inferior; dois encaixes para o espeto giratório, que pode ser usado para fazer um galeto pequeno no estilo de padarias, e uma rede de aço para proteger a resistência, na parte superior.
Resistência protegida por aço inoxidável da Arno Oven e Grill. — Foto: Laís Ribeiro
Ela não vem com cesto antiaderente, assim como o modelo da EOS. Esse acessório apareceu na maioria dos fornos com airfryer testados pelo Guia de Compras em 2023. No teste de 2024, só o aparelho da WAP tem.
O espeto é um pouco controverso; o g1 já testou modelos que também vinham com esse acessório, mas que não tinham o espaço suficiente para pendurar a peça inteira. No manual, a Arno recomenda que o galeto não passe do peso de 1,2 kg.
Além do espeto, muitos outros acessórios acompanham o produto: três bandejas de aço fundido, que podem ir todas juntas dentro do aparelho; um pegador de frango, para uso junto ao espeto; um coletor de resíduos e uma grelha com revestimento antiaderente e pegador removível.
A grelha tem dois lados, um deles mais chapado, pensado para fazer pizzas pequenas, e outro com ondulações em relevo, para carnes. O pegador removível é fácil de usar, pode ser encaixado em qualquer um dos lados e é essencial para retirar a grelha sem queimar os dedos.
Pegador e encaixe da grelha. — Foto: Laís Ribeiro
O painel é feito totalmente em tela sensível ao toque e tem ao todo 18 botões. A conta inclui os botões de funções predefinidas (um para cada), os de ajuste manual da temperatura e do tempo, o de acionar a rotação do espeto e o de acender a luz interna.
Funções
A Oven e Grill vem com 8 funções predefinidas: batata frita, frango, carne, peixe, pizza, bolo, desidratação e grill. O que muda para cada uma é a programação da máquina, que ajusta automaticamente o tempo e a temperatura para a função escolhida.
No modo de seleção manual, dá para ajustar a temperatura desde 45°C a até 200°C, e o tempo desde 0 a 60 minutos. Para a faixa de temperatura entre 45°C e 85°C, usada na função desidratação, o timer pode ser configurado para até 12 horas.
Receitas
Graças aos três trilhos disponíveis, o Oven Fryer foi capaz de preparar o frango empanado e a batata rústica ao mesmo tempo e ainda sobrou espaço. Foi usada a função predefinida para batatas do aparelho, que assou os alimentos por 20 minutos, a 180°C.
O frango empanado (feito na grelha) ficou crocante sem ficar seco, mas a farinha acabou secando um pouco por cima, algo que se repetiu em todos os testes. A falta da imersão no óleo impede que a farinha se assente e deixe o filé com aquela cor dourada, característica do processo normal, na frigideira.
A batata (feita na bandeja) ficou molinha por dentro, mesmo sem passar por qualquer cozimento antes de ser temperada e inserida na airfryer. Faltou um pouco de crocância na casca da batata, mas o manual avisa que, se o alimento não é congelado, isso pode acontecer. Cinco a dez minutos a mais no forno são suficientes para resolver.
Já o brownie deu um pouco mais de trabalho para chegar no ponto do que nos outros aparelhos. Seguindo a receita, a temperatura foi regulada para 145°C em um tempo de 10 minutos, mas não foi suficiente para assar a massa até o ponto certo.
No fim, o doce teve que assar por mais 10 minutos no forno, totalizando 20 minutos até ficar pronto. Foi usada uma forma de metal (a mesma para todos os testes), disposta sobre uma das bandejas de aço expandido.
Limpeza
Comparados com o cesto de uma airfryer comum, os acessórios do Oven Fryer não foram muito práticos de limpar.
A grelha tem vários furos e um dos lados tem ondulações em relevo e as bandejas de aço expandido são inteiramente perfuradas. Isso dificulta o uso da esponja, principalmente porque não é recomendado usar a parte abrasiva no revestimento antiaderente da grelha e a parte macia acaba se despedaçando.
O melhor resultado foi usando uma escovinha de limpeza, que resistiu aos esfregões contra os buracos dos acessórios.
Um diferencial desse modelo é a porta removível. Basta puxar uma travinha na base que ela sai, pronta para ser lavada direto na pia sem a preocupação de molhar o interior do aparelho. É bem prático.
Encaixe da porta removível da Arno Oven e Grill. — Foto: Laís Ribeiro
Segundo o manual, todos os acessórios são laváveis na máquina de lavar louça, exceto a porta.
EOS Air Fryer Oven EFE25AID
- Prós: melhor custo-benefício e maior capacidade
- Contras: vem com apenas 3 acessórios e ocupa bastante espaço
É o aparelho de maior capacidade do teste, com 25 L de espaço interno, o que reflete no seu tamanho: são 37,5 cm x 41,4 cm x 37,5 cm (altura x largura x profundidade). É um modelo que precisa já ter o espaço reservado na bancada de casa antes de ser comprado. Mas, surpreendentemente, não é a mais pesada da lista, com 8,1 kg.
O preço desse modelo era, em novembro, R$ 665, quando consultado nas lojas da internet. A garantia do produto é de 1 ano.
O corpo é todo em metal, com painel digital touchscreen e, por dentro, três prateleiras para os acessórios. O interior muda um pouco em relação ao aparelho da Arno: hastes de metais ocupam o espaço superior e inferior, ou seja, o coletor deve ser encaixado na prateleira mais baixa, acima das hastes.
Interior da EOS EFE25AID, com os três acessórios encaixados entre as hastes de metal e a luz interna acesa. — Foto: Laís Ribeiro
É diferente da Arno e outros modelos testados anteriormente pelo g1, nos quais o coletor é inserido em contato direto com o “chão” do forno. Por causa disso, mesmo com os três trilhos, o forno consegue fazer apenas até dois preparos por vez, contra os três da Arno.
Vem com apenas três acessórios: um cesto em aço expandido, uma grelha de metal e uma bandeja coletora de resíduos.
No painel, tem 15 botões, contando com os de funções predefinidas, o que controla a luz interna, os reguladores manuais de tempo e temperatura e os de liga/desliga e início/pausa.
Funções
A EFE25AID vem com 8 funções pré-programadas: batata frita, carne, assar, churrasco, tostar, bolo, pizza e desidratar. As diferenças entre cada uma são as predefinições de tempo e temperatura, além da possibilidade de ajuste desses valores.
Para a maioria das funções, a temperatura pode ser selecionada entre a faixa de 0°C a 230°C, que é o máximo atingido pelo aparelho, e o tempo de 0 a 60 minutos.
Na função bolo, a temperatura máxima é limitada para 145°C. Na desidratar, que costuma levar horas, a faixa selecionável de temperatura muda para 60°C a 70°C, e o tempo, para 30 minutos a até 15 horas.
Considerando os resultados e o preço, o modelo é a airfryer com o melhor custo-benefício dentre as testadas, apesar de ter uma variedade um pouco menor de funções pré-programadas.
Receitas
O aparelho se saiu muito bem na hora de assar a batata e o frango, que foram feitos ao mesmo tempo usando o cesto e a grelha.
Assim como na Oven e Grill da Arno, a batata ficou macia, mas faltou um pouco de crocância para a casca. O frango ficou crocante sem secar demais, mas um pouco mais tostado que no teste da Arno.
Ela também foi a primeira a receber o teste do brownie, que a princípio não deu certo. Seguindo as instruções da receita, a massa foi colocada para assar a 180°C e, em menos de 10 minutos, já estava com a superfície queimada e com o interior assado além do ponto correto.
A receita foi trocada para uma segunda tentativa e, dessa vez, foi selecionada a função bolo da máquina, que automaticamente determinou a temperatura de 145°C. Foi a escolha certa, já que o brownie ficou pronto em 10 minutos, com uma casquinha de açúcar por cima e o interior denso e molhadinho.
Vale mencionar que esse foi o único forno que comportou um refratário de vidro de 26 cm x 16 cm, além da forma de metal de 22 cm x 10 cm usada para assar o brownie.
Limpeza
Assim como no caso da Arno, a limpeza foi mais trabalhosa que em uma airfryer comum, mas ficou mais fácil com a ajuda de uma escovinha.
O coletor de resíduos foi o mais fácil de limpar, já que seu formato chapado e o revestimento antiaderente ajudam o trabalho da esponja (sempre lembrando de usar somente o lado suave da esponja).
O manual indica que todos os acessórios podem ser levados à lava-louças.
Fritadeira Elétrica WAP Air Fryer Barbecue
- Prós: ótimos resultados para carnes, variedade de funções
- Contras: o mais caro do teste, pesado e nem toda função foi satisfatória
É um modelo grande e um pouco "baixinho", com dimensões de 28,8 cm x 41 cm x 40 cm, mas o espaço útil dentro não é tão bem aproveitado, resultando na capacidade de 10 L, a menor do teste.
É a mais pesada de todas, com 11 kg; parece que foi feita para ficar parada em um canto da bancada, e não para ser transportada ou mudada de lugar com frequência. O próprio cabo da tomada, que tem 80 cm, é relativamente curto.
O produto custava R$ 1.500, em novembro, sendo o mais caro do teste. Mas a garantia também é a maior, de 2 anos.
Vem com bastante acessórios:
- Uma chapa, dividida em uma seção reta e outra com ondulações;
- Um cesto furado, indicado para a função airfyer;
- Uma grelha de metal, pensada para a função de cozinhar alimentos no vapor;
- Uma tampa de vidro, com bordas e pegador em inox, para as funções onde vai água na receita;
- E uma escova com cerdas de plástico, para auxiliar na limpeza das outras peças.
Tudo é feito com um material de qualidade, com a chapa em alumínio fundido e o cesto com revestimento antiaderente, seguro para lava-louças. De todas, é a mais robusta e com mais aparência de durabilidade.
Outra diferença é que o aparelho tem uma tampa que abre para cima com a ajuda de uma alça fixa, em vez de seguir o formato de uma porta com abertura frontal, como as outras.
O painel não é sensível ao toque, é bem diferente e pode ser um pouco difícil de se acostumar, mas depois é bastante prático: basta rodar o botão central para escolher as funções, a temperatura e o tempo de cozimento. É mais confortável de usar do que as outras, que dependem de botões separados para aumentar e diminuir os valores.
Como as outras, essa airfryer também tem um painel de vidro que permite olhar lá dentro, só que é um pouco menor e fica um tanto obstruído pela alça da tampa.
Ela tem lâmpada interna, mas outra surpresa: não dá para controlar se fica acesa ou apagada. Quando em funcionamento, a luz vai piscando bem devagar (com um clique audível para acompanhar) e você só consegue ver o alimento lá dentro nesses momentos. Foi o único aparelho do teste com essa característica.
Luz da WAP Barbecue, que acende e apaga em intervalos regulares. — Foto: g1
Funções
A WAP Barbecue vem com 11 funções, incluindo a "manter aquecido", que serve para deixar os preparos quentes após ficarem prontos. No modo de regulagem manual, a temperatura pode ser selecionada entre 50°C a 230°C e o tempo, de 1 a 60 minutos.
O principal que muda de uma função para a outra são as resistências usadas: nos modos airfryer, assar, chapa, bolos, a parte de cima fica em uso.
Já para as funções cozimento lento, cozinhar a vapor e ensopado, é a de baixo que funciona. Além disso, como esses tipos de preparos requerem água, a airfryer fica aberta durante o funcionamento, com o uso da tampa de vidro sobre a chapa (que é o único acessório que cabe para ser usado).
Somente a função barbecue usa as duas resistências: a ideia é que você faça carnes de churrasco ali sem precisar virar, por isso o calor vem de cima e de baixo.
WAP Barbecue pronta para ser usada na função vapor, com a chapa, a grelha e a tampa encaixadas entre si. — Foto: Laís Ribeiro
O modo airfryer também é um pouco contraditório, porque, em tese, o ar deveria circular em torno do alimento para assar, mas o acessório para airfryer não funciona sozinho; é preciso encaixá-lo dentro da chapa, que não tem nenhum furinho embaixo.
Isso fez com que os alimentos mais para o meio da cesta não assassem tão bem quanto os das pontas. Talvez mexer com uma colher de silicone durante o preparo possa ajudar a solucionar isso.
Receitas
Para não fugir do padrão de teste com os outros aparelhos, a batata e o frango empanado foram feitos usando o modo airfryer, com o acessório furado. Para ambos foi usado o mesmo tempo e temperatura.
A batata, como nos outros aparelhos, ficou macia, mas precisou de um pouco mais de tempo pra ficar crocante por fora. O frango ficou ótimo — até tostou na parte de baixo — mas também faltou um tanto de crocância. Foram feitos dois filés no modo airfryer e um no modo barbecue, mas não houve diferença visível.
Um ponto negativo é que, diferente das outras, não deu para fazer a batata e o frango juntos, já que o espaço interno dessa airfryer não pode ser usado verticalmente.
O brownie deu certo logo de primeira. A massa levou cerca de 10 minutos na forma de metal para atingir a textura certa no interior e a casquinha de açúcar em cima. Foi usado o modo forno, indicado para bolos no manual do produto. A temperatura foi de 145°C, seguindo o padrão para os outros aparelhos.
Aqui, surgiu uma inconveniência: o modo forno – assim como os modos barbecue e airfryer – possui a função pré-aquecer automática, mas não dá para ajustar a temperatura, que vai direto para a máxima. Nos outros modos, isso não foi um problema, mas para bolos e outros tipos de confeitaria, que são preparos mais delicados, pode fazer uma grande diferença no resultado da receita.
O único jeito de evitar isso é pular o pré-aquecimento automático do aparelho (clicando no botão de pré-aquecer) e colocar alguns minutos a mais na temperatura desejada antes de inserir o alimento, mas você tem que lembrar de fazer isso toda vez que for usar.
Como o aparelho tinha outras propostas de funções, o Guia de Compras fez alguns preparos a mais nesse modelo que nos outros: picanha e queijo coalho, para o modo barbecue, e lentilha, para testar o modo ensopado.
A picanha foi colocada em filés, com a temperatura ajustada para o nível 3. Aqui, vale explicar que o modo barbecue não segue o mesmo formato de temperatura por valor numérico das outras funções, e sim uma escala de 4 níveis, indicadas por símbolos de “foguinhos” no painel.
Após o pré-aquecimento, o aparelho ajustou o tempo automaticamente para 20 minutos. Esse tempo foi suficiente para assar direitinho a picanha e o queijo.
A carne esquentou igualmente nos dois lados e, por dentro, chegou ao ponto bem passado. O queijo coalho formou aquela crosta característica por fora e derreteu por dentro, sem queimar.
Picanha e queijo coalho feitos no modo barbecue da WAP. — Foto: Laís Ribeiro
O acessório usado foi a chapa, seguindo a indicação do manual. Na parte lisa, ficou o queijo, e na parte com ranhuras, a carne, que escorreu toda a gordura para o coletor, sem encostar no queijo. Também não teve fumaça, coisa que o aparelho promete com a “tecnologia smokeless”. No final, um sucesso.
Em compensação, o modo ensopado deixou muito a desejar. O manual também indica usar a chapa para preparos nessa função. Mas o acessório é amplo e não fundo, o que seria mais adequado para um ensopado. O caldo da lentilha ficou “raso”, ou então se acumulou mais no cantinho do coletor de gordura.
Nesse modo, a temperatura também é mais limitada, já que só pode ser regulada entre 90°C e 100°C. Esse é um mecanismo de segurança, lembrando que o aparelho fica aberto durante o uso, apenas com a tampa de vidro cobrindo o alimento. Mas a temperatura é muito baixa: demorou muito para refogar o alho e a cebola no início do preparo.
Lentilha feita no modo ensopado da WAP Barbecue. — Foto: Laís Ribeiro
A lentilha em si também demorou: levou cerca de uma hora para ficar molinha (no fogão, costuma levar cerca de 40 minutos). Outra dificuldade foi na hora de servir e de limpar, já que alguns grãos ficaram presos nas ranhuras da chapa ou nos cantos do coletor de gordura.
No fim, a impressão que fica é que o aparelho tem algumas funções desnecessárias e que poderia ser mais bem aproveitado se focasse nos seus pontos fortes, que são as funções de airfryer e, principalmente, a barbecue.
Limpeza
A limpeza dos acessórios foi fácil para a batata, o frango e o brownie, graças ao revestimento antiaderente da chapa e do cesto. Um pouco de detergente aplicado na parte macia da esponja deu conta do recado.
Já a picanha deu mais trabalho: espirrou gordura pelo interior do aparelho, incluindo as bordas e o interior da tampa. Mesmo assim, não foi nada comparado com a sujeira de um churrasco na grelha ou churrasqueira. A resistência de cima é coberta por um protetor, o que ajudou na hora de limpar.
Coletor cheio de gordura da WAP Barbecue. Repare nos respingos para fora da chapa. — Foto: Laís Ribeiro
A limpeza das partes externas e da área da resistência foi feita com um pano úmido e um pouco de detergente, seguido de um pano seco, como indica o manual.
Para a lentilha, como dito anteriormente, houve o problema de os grãos ficarem presos em cantos mais difíceis de limpar. A escovinha que acompanha o produto ajudou bastante nesse caso.
Qual comprar: forno ou airfryer?
Os fornos com airfryer funcionam na mesma lógica da airfryer: uma resistência esquenta o ar e um ventilador faz ele circular dentro do aparelho, cozinhando os alimentos.
A maior vantagem do forninho é que ele consegue fazer mais de um alimento por vez, coisa que as airfryers não conseguem (a não ser os modelos com duas gavetas).
O visor, presente em todos os modelos, também é um adendo muito bem-vindo e útil para acompanhar o cozimento.
Mas tudo isso vem com a perda de um pouco de praticidade, que é o grande trunfo das airfryers comuns. Seja pela limpeza mais trabalhosa ou mesmo pelo tamanho – você precisa já ter uma ideia de onde vai colocar antes de comprar –, os fornos acabam exigindo mais atenção.
No fim, a escolha vai depender do que você vai querer preparar, já que os forninhos atendem melhor quando os pratos são mais complexos e a airfryer quando são coisas mais simples e rápidas.
Funções: quantidade não é qualidade
Por mais que um produto que prometa fazer tudo seja atrativo para o consumidor, nem sempre vai ser a opção mais proveitosa.
A quantidade de funções ou de acessórios do forninho não quer dizer que o aparelho vai cozinhar melhor. No geral, o controle de temperatura e de tempo acaba satisfazendo a grande maioria dos preparos.
As funções pré-programadas servem mais como um guia para quem não tem o costume de cozinhar ou um atalho, uma praticidade a mais que agiliza o uso do equipamento.
Vale sempre conferir os limites máximos e mínimos de temperatura do eletrodoméstico em que você esteja de olho e analisar se dá para preparar tudo o que tem em mente.
Como foram feitos os testes
Os fornos foram testados ao longo de um mês, com receitas feitas de forma amadora.
As batatas rústicas foram feitas com batatas cortadas e temperadas na hora, inseridas nos aparelhos com um fio de azeite.
Os frangos foram temperados com sal e alho e empanados em ovos e farinha de rosca.
O brownie foi feito com farinha, ovos, açúcar, manteiga, essência de baunilha e cacau em pó. A manteiga foi derretida previamente no fogão, de acordo com a receita seguida.
A picanha foi temperada com sal e pimenta, apenas, e o queijo coalho foi comprado pronto para grelhar.
Todos os produtos foram emprestados ao Guia de Compras e serão devolvidos.
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