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Cardeais se reúnem para discutir data do conclave do novo papa
Eleição secreta acontecerá na Capela Sistina, no Vaticano, e reunirá 135 cardeais
Publicado em 05/05/2025 01:00
Mundo

Os cardeais católicos se reuniram nesta segunda-feira (28) pela primeira vez após o funeral do papa Francisco para discutir a data para o início do conclave, uma votação secreta que elegerá o próximo líder da Igreja.

Após deliberação, os clérigos decidiram que o conclave terá início no dia 7 de maio. Ele acontecerá na Capela Sistina, do século XVI.

O local foi fechado para turistas nesta segunda-feira para permitir os preparativos para a votação.

 

 

Os dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, duraram somente dois dias.

Mas o cardeal sueco Anders Arborelius disse na segunda-feira que espera que este conclave possa durar mais, já que muitos dos cardeais nomeados pelo papa Francisco nunca se conheceram antes.

Francisco priorizou a nomeação de cardeais de lugares onde nunca os tiveram, como Mianmar, Haiti e Ruanda.

“Não nos conhecemos”, falou Arborelius, um dos cerca de 135 cardeais com menos de 80 anos que participarão da escolha.

Francisco, papa desde 2013, morreu aos 88 anos em 21 de abril.

Seu funeral no sábado (26) e uma procissão por Roma até seu local de sepultamento na Basílica de Santa Maria Maggiore atraíram multidões estimadas em mais de 400 mil pessoas.

Fila para velório do papa Francisco na Basílica de São Pedro. • Carlos Barria/Reuters

O cardeal alemão Walter Kasper disse ao jornal La Repubblica que a grande multidão em luto por Francisco indicava que os católicos queriam que o próximo papa continuasse com seu estilo reformista de papado.

Francisco, o primeiro papa da América Latina, tentou, em grande parte, abrir a Igreja, muitas vezes sóbria, a novos diálogos.

Ele permitiu o debate sobre questões como a ordenação de mulheres ao clero e o contato com católicos LGBTQIA+.

“O Povo de Deus votou com os pés”, disse Kasper, que tem 92 anos e não participará do conclave. “Estou convencido de que devemos seguir os passos de Francisco.”

No entanto, um bloco de cardeais conservadores certamente se oporá a isso e buscará um pontífice que reafirme as tradições e restrinja a visão de Francisco de uma Igreja mais inclusiva.

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