Ibovespa e dólar fecham em alta com trégua tarifária entre EUA e China
Mercados de ações em todo o mundo subiram após os Estados Unidos e a China concordarem em reduzir drasticamente as tarifas sobre os produtos um do outro por um período inicial de 90 dias
O Ibovespa fechou em leve alta nesta segunda-feira (12), perto da estabilidade, sendo impulsionado pela disparada dos índices de Wall Street. O movimento de alta também impactou o dólar, que ganhou fôlego frente a divisa brasileira.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subiu 0,04%, aos 136.563,18 pontos. Já o dólar à vista subiu 0,50%, cotado a R$ 5,6833 na venda.
Os desempenhos ocorrem pois investidores globais comemoram o abrandamento da guerra comercial com as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, que agitaram os mercados financeiros, interromperam as cadeias de suprimentos e alimentaram temores de recessão.
Os principais índices de Wall Street disparavam nesta segunda, após os Estados Unidos e a China chegarem a um acordo para reduzir suas tarifas, sinalizando uma trégua em uma guerra comercial que manteve os mercados pessimistas por semanas.
O Dow Jones subia 2,81%, a 42.410 pontos, por volta das 17h02 (horário de Brasília).
No mesmo horário, o S&P 500 tinha alta de 3,26%, a 5.844 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançava 4,35%, para 18.708 pontos.
Bolsas da Ásia e Europa
O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,98%, enquanto o índice de tecnologia ganhou mais de 5%, ambos marcando os maiores saltos em um único dia desde o início de março.
No fechamento, o índice de Xangai teve alta de 0,82%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,16%.
O iuan se fortaleceu até 7,2001 em relação ao dólar, atingindo o maior valor em seis meses, enquanto sua contraparte offshore subiu mais de 0,5%.
“O resultado excede em muito as expectativas do mercado. Anteriormente, a esperança era apenas que os dois lados pudessem se sentar para conversar, e o mercado estava muito frágil”, disse William Xin, presidente do fundo de hedge Spring Mountain Pu Jiang Investment Management em Xangai.